terça-feira, 24 de maio de 2016

QUE TAL UMA SOPA SABOROSA?


SOPA DE TODOS SABORES


O sabor da sopa está na escolha do caldo, seja ela de carne, galinha ou peixe. Nas hortaliças como batatas, cebola, couve, cenoura. Farinhas e féculas. Gordura vegetal ou animal. Pedaços de carne ou peixe. 

Mas eu diria que o sabor depende e onde a sopa é feita. Uma sopa feita em fogão à lenha tem um sabor especial, por ser cozida mais lentamente.
Sinto muita falta de cozinhar no meu fogão à lenha para aprimorar os sabores da comida, mas atualmente moro em apartamento pequeno e meu fogão a lenha de ferro decora a minha sala. Que saudades do casarão e das delicias feitas em fogão à lenha.
Um caldo pode ser usado como base para a sopa, mas pode ser considerada uma sopa é o caso do consommé especialidade da culinária francesa.
SOPA DE PEDRA – Uma raridade ou uma trapaça?
A sopa de pedra é uma sopa da culinária portuguesa, típica de Almeirim, na região de Ribatejo. Ao contrario que o nome indica, a sopa de pedra é uma sopa com muitos ingredientes, em que a pedra é só o pretexto. 
Esse nome é decorrente de uma lenda em que o protagonista engana um trocha para matar sua fome e saborear um bom caldo.
Conta-se que um frade orgulhoso, que estava em peregrinação, com muita fome, bateu em uma casa humilde e ao em vez de pedir comida, pediu uma panela para preparar uma sopa de pedra. Tirou de seu bornal uma pedra lisa e bem lavada. O casal daqueles bem curiosos cedeu de imediato. O frade então colocou a pedra na panela e pediu a dona da casa: sal, chouriço, batatas para engrossa o caldo, juntou mais cenouras e sobras de carne, que resultou em uma excelente sopa e pode matar a fome do pobre glutão.
Outros personagens foram protagonistas desse conto popular e Pedro Malarzartes, figura tradicional da cultura portuguesa e brasileira foi um deles. Esse glutão astucioso, cínico, trapaceiro também se saiu bem nessa farsa.

HISTÓRIA DA SOPA
A sopa é considerada o prato mais antigo do mundo, anterior ao assado de carnes. Há inicio dessa refeição antes mesmo da descoberta do fogo. Existem registros arqueológicos do preparo da sopa com vegetais e pedaços de carne crua triturados em água. Os Anasazi da região do Four Corners, EUA, usavam cestos de palha vedados com betume para fazer sopa. Na Anatólia, Turquia potes de cerâmica e na Escócia  estômago de herbívoro.

O homem pré-histórico sem duvida encontrou um meio de aquecer a água para cozer alimentos, a sopa foi a primeira comida elaborada. 
Sem duvida a sopa passou as ser saboreada quando o homem deu conta que as carnes duras que caçava se amaciavam e adquiriam melhor sabor se cosidas em água e ervas, assim os caldos e sopas foram apreciados por  todas as civilizações.
Relata a Bíblia que os hebreus preparavam caldos suculentos de cordeiro. 
Na Grécia, em Atenas, apreciavam sopa de lentilha e em Esparta o Caldo Negro, feito com sangue de alguns animais misturado com vinagre e especiarias.
Na China, os camponeses, comiam sopa de arroz e favas e em Roma era tradicional a Sopeira. Feita de grão de farro e grão de bico, acompanhados de legumes, verduras, frutas e queijo.
Já o Império Bizantino, o caldo de peixe adoçado com mel era o mais saboreado. 

Durante a Idade Média, a sopa de carnes ferventes, legumes e vinho fazia parte do dia a dia, era servida em travessas de madeira, barro ou estanho. 
Saboreada nos mosteiros e abadias, a sopa era um alimento popular servido no dia a dia, feita de diversos legumes e hortaliças, ajudava a engolir o pão duro escuro feito pelos camponeses. 
O caldo era aromatizado com ervas e diversas e pedaços de carne e temperado com gorduras. 
A nobreza europeia da época passou a introduzir no seu cardápio do dia a dia. Os caldos passam então a ser feitos com muita carne, condimentados com especiarias. Eram comuns as sopas agridoce onde se usava o mel. 

Mas. Foi partir do século XVI, que cozinha italiana e francesa deu um toque especial ao preparo da sopa introduziram massas e ervas aromática. Na França surgem os cremes, bouílons e cosommés tornando a sopa um prato mais sofisticado de consistência leve, passa a ser servida como entrada. Mas, ainda é servida como prato único entre plebe.

Wikipédia, a enciclopédia livre. HISTÓRIA DA SOPA, por Virginia Brandes

TIPOS DE SOPA
A maior parte das sopas é feita com ingredientes cozidos, mas também há sopas frias como os gaspachos da Andaluzia Espanha, apanzanella da Toscana Itália e as vichyssoises.
As sopas prediletas em todos os países do mundo: o caldo verde e a canja portuguesa; o gazpacho espanhol; o misnestrone italiano; a bouilabaisse francesa; o missoshiro japonês; won ton chinês, o bortsch russo; oxtail inglês; ton kha gai tailandês, caldo de mocotó e de feijão Brasil.

CALDO DE SOPA
Numa panela coloque água para ferver, pedaços de carne com osso, previamente escaldados, junte tempero ao gosto e sal. Tampe a panela e deixe ferver com fogo brando até o caldo ficar apurado. Ao coar tem um caldo para qualquer sopa. O caldo pode ser de galinha.

SOPA DE LETRINHA OU MASSINHA
Depois de o caldo estar pronto e a ferver, coloque a massinha em quantidade suficiente para que a sopa não fique muito espessa e deixe ferver. Assim se faz com todas as sopas de massa.


CALDO VERDE

Em uma panela refogue pedaços de paio e pedaços de batatas descascadas. Acrescente o caldo e deixe ferver lentamente, até as batatas ficarem cosidas, coloque então a couve manteiga bem cortada em 
tiras, e deixe cozinhar.


SOPA DE FEIJÃO
Depois do caldo de carne estar pronto e temperado, coloca-se o feijão já cosido e a massa de macarrão fino e deixe ferver em fogo lento. Sirva com pedaços de pão torrado.





SOPA DE ABÓBORA COM 
 CARNE SECA
Cozinhe pedaços de abobaras em cardo com carne seca, deixe ferver até os pedaços de abóbora desmanchar e os pedaços de carne amoleçam. Se gostar coloque cheiro verde.





SOBRA DE MANDIOQUINHA
Cozinhar as mandioquinhas descascadas e em pedaços no caldo de carne ou legumes. Deixe ferver até desmanchar, amassa com amassador ou bata no liquidificador. Continue a cozinhar até formar um caldo grosso e saboroso.



SOPA DE INHAME COM CARNE
Coloque os inhames para dar uma cozinhada para soltar a casca. Corte em pedaços pequenos no caldo e junte pedaços pequenos de carne anteriormente cosidos no caldo. Deixe ferver até o inhame amolecer, com uma colher de pau mexa até engrossar o caldo.

SOPA DE BETERRABA

Cozinhe as beterrabas e tire a casca. Corte em pedaços e dixe ferver no caldo, deixe amolecer bata no liquidificador ou não. Feixe ferver e quando pronta sirva com creme de leite.

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terça-feira, 10 de maio de 2016

O PÃO NOSSO DE CADA DIA



 O PÃO

 A história do pão acompanha o homem há milênios, os habitantes das aldeias palafitas, 10000 anos, faziam pão com grãos triturados e tostados sobre pedra, A origem  do pão se deve ao sedentarismo do homem e o inicio da agricultura. O pão foi produzido pela primeira vez hã 6000 anos, surgindo juntamente com o cultivo do trigo, na região da Mesopotâmia. Acredita-se que os primeiros pães foram feitos de farinha misturada ao fruto do carvalho - bolota- ou nozes, Seriam achatados, duros, secos e amargos. Deviam ser comidos logo depois de prontos.Talvez fossem lavados com agua fervente, varias vezes, antes de fazer as broas, que eram expostas ao sol para secar. A broas eram assadas sobre pedras quentes ou embaixo de cinzas,



 A FERMENTAÇÃO
 A fermentação é o segredo do pão. O primeiro pão fermentado teria sido descoberto por acaso.Os egípcios  já utilizavam por volta de 4000 a.C. A fermentação natural e obtida ao retirar parte da massa levedada antes de cozer o pão, assim obtendo  fermento para próxima fornada, O pão fermentado com massa velha fica com sabor e aroma avinagrado, Em Portugal, ainda se produz pão de massa velha - O pão de Alentejo. Quem já não fez o pão de Santo Antonio,onde o fermento de massa velha era adquirido por meio de uma corrente

HISTÓRIA DO PÃO 



Os egípcios foram os primeiros mestres na arte de panificação. O pão fermentado já era conhecido pelos egípcios por volta de 4000 anos a.C.O sistema de fabricação era simples: pedras moíam o trigo que adicionado à água, formava uma massa mole, que era assada. Este sistema foi ilustrado nas pinturas em tumbas por volta de 2500 a. C. 

Os assírios misturavam: cevada e outros grãos para fazer a focaccia alta, colocada num vaso esquentado em brasa, selado com uma tampa e enterrado em buraco cavado no chão onde a massa cozinhava.

 Já os gregos, punham o pão para assar na brasa dormitada ou sobre um sino. Foram os inventores do forno a lenha de abertura frontal, modelo usado até hoje. O pão fazia parte das refeições. 


Os romanos aprenderam a arte de panificar ente o século VII e IX a.C. Em Roma, os imperadores usavam a distribuição de pães para agradar o povo. Panis et circences - pão e circo, o pão era distribruido ao povo por ocasião dos espetáculos públicos.
O pão deixou de ser feito em casa e passou a ser preparado em padarias públicas.  Com a expansão do Império o hábito de comer pão foi difundido na Europa.
 



Na Idade média, o homem volta a viver no campo e a produção do pão voltou a ser caseira. O pão feito artesanalmente pelos camponeses não era fermentado. Já os senhores feudais comiam pães produzidos nas nas padarias dos castelos. Com a volta do comercio nas cidades os padeiros se organizaram em cooperações de ofícios.




 Na França a partir do século XII a panificação passa a reinar como antes e o consumo de pão passou a ser diário.

Com a Revolução Industrial, a produção de pães se expandiu devido às novas técnicas de fabricação

Em todas as culturas, o pão é considerado o alimento principal para nutrir o corpo e a mente e assumiu um valor religioso, como na eucaristia católica  e o pão ázimo hebraico. O pão foi sibulo da união na ultima ceia de Jesus e seus doze apóstolos. 



 No Brasil, na época colonial, se comia biju de farinha de mandioca, apesar dos português colonizador já conhecer o pão de farinha de trigo.  

Embora a panificação no Brasil ter sido iniciada pelos portugueses a atividade expandiu com a vinda dos emigrantes italianos no século XX. O pão passou  assim a ser essencial na mesa do brasileiro.




PÃO ITALIANO 
O pão italiano conhecido no Brasil é um pão de casca crocante e poroso,o PANE CASARECCIO, que significa feito em casa, tem origem antiga em Genzano. Desde da Roma Antiga se produziam muitos tipos de pães e focaccia, que comiam embebidos em vinho.

 PÃO FRANCÊS
Com a divulgação dos costumes franceses, no Brasil, fez com que os cariocas passassem a preferir o pazinhos de casca dourada e miolo branco dos pães franceses, em vez dos pães de casca e miolo escuro feitos no Brasil. Os padeiros mediante a discrição dos elegantes viajantes, criaram uma receita nova e passaram a chamar de PÃO FRANCÊS. A receita atendeu a preferência, por ser macio e saboroso. Com o tempo o novo pão francês foi feito em todo Brasil. Em São Paulo é costume acompanhar o famoso pingado servido nas padarias.



 PÃO ÁRABE
PITA ou KHUBZ em árabe, pão sírio no Brasil.É um pão de trigo. Esse pão pode ser de origem grega. É um pão feito com levedura ativa com pequena quantidade de açúcar. De formato redondo, o pão sírio ou árabe, foi trazidos pelos imigrantes Sírio-Libanês no século XX.



PÃO ÁZIMO OU ASMO, MATSO 
é um tipo de pão assado sem fermento, feito de farinha de trigo ou outros cereais como aveia, cevada e centeio e água.  De acordo co a tradição judaico-cristã o pão ázimo foi feito pelos israelitas antes da fuga do Antigo Egito, pois não deu tempo de esperar a massa fermentar. Hoje em é alimento obrigatório na festa Pazzch, páscoa judaica, Hag ha-matzo, festa dos pães ázimos de formato quadrado ou redondo e de massa fina.  


PÃO DE CENTEIO  
Em Portugal o pão de centeio é uma tradição popular. Durante séculos era consumido diariamente, assado em forno a lenha, o que deixava o pão mais saboroso. Assados em fornos particulares ou comunitários, estes cuidados por um forneiro que aquecia o forno, trocava as lenhas, deitava os pães e cuidava no período de cosedura. a poia, era a forma de pagamento do serviço. O pão ragbrod é o mais consumido no norte da Europa, uma vez que o centeio é um cereal que cresce bem e nessa região. Os imigrantes alemães e poloneses trouxeram vários tipos de pães de centeio para o sul do Brasil. 


PÃO JAPONÊS

 Ni Kuman é a combinação de Niku (carne) Manju (doce japonês)sua origem é chinesa. É um pão recheado com carne de porco moída e cozido a vapor. Hoje existem variações com recheio de feijão, de curry e de chocolate. 

Wikipédia, a enciclopédia livre. Aprenda a fazer pão, Vita, editora Três. A grande cozinha, Pães e cia, editora Abril. História econômica, Francisco Magalhães Filho. Texto da redatora, Marília Murare. 



PÃO D'ÁGUA 
O mais consumido e saboroso pão feito em Paranaguá, o pão d'água, seria de origem portuguesa. Quentinho, gostoso, esse pãozinho lembra os sabores da minha infância e a época que vivi no casarão. Sempre presente a mesa no café da manhã e no chá das três.  

                                             INGREDIENTES BÁSICOS 


FARINHA - usada por ser um ingrediente de baixo teor mineral e bom rendimento. Mais usados: tarinha de trigo e farinha integral.

ÁGUA - importante para o preparo da massa, regulada acentua a sua consistência e temperatura, Em contacto  com o glute da farinha possibilita a formação da massa. 

SAL - responsável pelo sabor do pão realça o aroma e regula o período de fermentação, estabiliza e reforça o glute.  

 FERMENTO - permite que a massa fique leve e macia, provoca crescimento da massa. Fermento biológico ou químico.

ENRIQUECIMENTO DA MASSA 

LEITE - proporciona à massa sabor e acrescenta mais gordura. 

ADOÇANTE - além de adoçar a massa aumenta o volume, dá maciez da massa  e contribui para fermentação. Açúcar refinado, mascavo e cristal. Mel e melaço.

GORDURA - lubrifica a massa, aumenta o volume, reduz o tempo de preparo e contribui para a durabilidade da massa. Óleo, manteiga, margarina, gordura animal e vegetal.

OVOS - enriquece o pão especiais, conserva bem o sabor, aumenta o volume e melhora a aparência

OUTROS PRODUTOS - se colocados na receita enriquece o sabor e dá um toque especial. Frutas secas, passas, nozes, amêndoas, amendoins, chocolates, cremes, queijos, presuntos, salames, linguiça, coco e geleias. Para aromatizar: canela, cravo, curry e gergelim.

NOTA:Para que a casca do pão fique crocante, coloque uma lata com agua na parte de baixo do forno.

RECEITA BÁSICA DE PÃO 



Ingredientes

3 xícaras e meia (cha) de farinha de trigo ou integral -  cerca de 500g
1 colher (sopa) de açúcar - 20g
1 tablete ou um saquinho  de fermento em biológico - 15g
1 colher (sobremesa) de sal - 5g
1 colher e meia de (sopa) de manteiga ou margarina - 50g
250 ml de leite ou água morna 
1 ovo grande

1 - Em uma vasilha, junte o fermento, o açúcar, metade do leite ou água morna, misture bem e separe. (no uso do fermento em misture na farinha).
2 - Em uma vasilha grande coloque a farinha junte o ovo, a margarina o sal o fermento, o açúcar o leite ou a água morna. Misture em com a mão ate formar uma massa homogênea. 
3 - Adicione a outra metade do leite ou da água morna e sove por aproximadamente 10 minutos em uma bancada previamente enfarinhada, até o ponto da massa não sujar a mão, mas ainda grudar um pouco.
4 - Cubra com um pano úmido e deixe descansar por uma hora.
5 - Corte a massa em dois pedaços.
6 - Coloque as massas na assadeira, cubra e deixe por 40 minutos.
7 - Asse em formo pré aquecido por 40 minutos. 240gr depende do forno.

VARIAÇÕES DA MESMA RECEITA

Receita básica com acréscimo de outros ingredientes, que aromatizam e dão ao pão novo sabor. Pão de centeio com passas e nozes. Pão com aromatização de curry. Pão de farinha de trigo, paçoca de amendoim e amendoim.