domingo, 31 de maio de 2015

HOJE É SÓ DOCE DE ABÓBORA

  

     VAMOS EXPERIMENTAR DOCE DE ABÓBORA 



DOCE DE ABÓBORA EM CALDA





1 Quilo de abóbora cortada para 1/2 quilo de açúcar.
Deixa-se cozinhar tudo junto até engrossar um pouco a calda.
Coloque Cravos da Índia para dar um sabor especial.

Nota: pode fazer com menos de um quilo, basta manter a proporção.


DOCE DE ABÓBORA COM COCO  


Coloque a abobara cortada em uma caçarola e junte o açúcar.
Deixe cozinhar até formar a calda, coque então o coco ralado, amasse e apure o doce.

Sirva com um queijinho da Colônia.






DOCE DE ABÓBORA NA CAL

Corta-se a abóbora em quadradinhos e deixe de molho na cal durante 2 ou 3 horas. Depois lave bem os quadradinhos, e coloque os pedaços numa calda bem grossa. Pouco antes de retirar o doce da caçarola, fure os mesmos com um garfo.

A calda é feita  com açúcar de acordo com a quantidade de abóbora, pouca água. cravo e canela em pó.

Depois de pronto o doce passa-se os quadradinhos em açúcar cristalizado.

FLORES E FRUTAS DA TERRA




             PERFUMES E SABORES DO CASARÃO

  




 No quintal enorme do casarão tinha muitas flores cheirosas : como camélias, jasmins, rosas e varias outras flores lindas que compunham os grandes canteiros desenhados como mandalas. Mas era a Dama da Noite que espalhava seu perfume nas noites de lua cheia. Ao lado de tão belas flores de varias tonalidades, cresciam arvores de saborosas frutas: cambucá, saputí, amora, goiaba, pitanga, jambo, mamão, maracujá e jaca.

 
CAMBUCÁ

CAMBUCÁ
 






Plinia edulis (popularmente conhecido como Cambucá ou cambucazeiro) é uma árvore frutífera endêmica do Brasil e nativa da zona litorânea da Mata Atlântica. Seu fruto fez parte cotidiano dessa região até a primeira metade do século XX, mas hoje é pouquíssimo conhecido.




CAMBUCÁ





Da família das Myrtaceaes, à qual pertencem frutas populares, como a Goiaba,Jabuticaba e Pitanga e outras frutas igualmente esquecidas, como o Cambuci, Araçá e Gabiroba. Há quem diga que o cambucá é uma das frutas mais saborosas que há no Brasil e no mundo. 





Suas flores são brancas e surgem solitárias ou em grupos no caule e, como nas jabuticabeiras, os frutos do cambucá brotam direto do caule da árvore.
Suas flores são brancas e surgem solitárias ou em grupos no caule e, como nas jabuticabeiras, os frutos do cambucá brotam direto do caule da árvore.
Considerada uma raridade da Mata Atlântica, a espécie está praticamente limitada ao que restou de seu ambiente natural, alguns pomares de produtores de frutas raras, jardins botânicos e poucas chácaras e quintais anônimos.(Enciclopédia)

Muitas sestas frutas eram colhidas para que minha avó fizesse seus doces, compotas e geleias.

DOCE DE MAMÃO VERDE









Raspa-se um mamão verde, põe agua fervendo em cima.
Faz-se uma calda de açúcar rala coloca-se o mamão ralado e deixa-se ferver até a calda engrossar.

 Nota: antes de descascar o mamão para raspar em ralador de alumínio,


deve-se talhar o mamão para tirar o leite. 
Coloque  cravos da Índia para perfumar e saborizar o doce






ORELHA DE GATO



Descasca-se a goiaba vermelha, corta-se ao meio e com uma faquinha tira-se o miolo com asa sementes.

Coloca-se as goiabas em uma calda rala e deixa engrossar. 

É muito gostoso comer com um bom pedaço de queijo. 

 GOIABADA DA VOVÓ - TIDE




1 quilo de goiaba, lava-se bem e tira-se as sementes.
Mistura-se 1/2 quilo de açúcar e deixa-se ferver mexendo sempre.
Para saber o ponto molha-se uma faca e põe-se dentro do doce.Quando o doce não pegar na faca está pronto.
Minha avó costumava colocar em latas.

Contava ela ter comprado o grande tacho que usava para fazer doces, de um cigano. 

FRUTAS DELICIOSAS - SABOR DE INFÂNCIA


SAPUTÍ
JAMBO
 
PITANGA
AMORA





CARAMBOLA

  
  







terça-feira, 19 de maio de 2015

ESPUMA DO MAR

Que tal hoje adoçar sua vida?

OVOS NEVADOS OU ESPUMA DO MAR





INGREDIENTES -
1 litro de leite
6 ovos
açúcar a gosto
essência de baunilha ou casquinhas de limão 

MANEIRA DE FAZER
Em uma panela de boca larga,leve o leite ao fogo para ferver.
Batas as claras em neve, bem duras.
Quando o leite estiver fervendo, vá deitando colheradas das claras em neve no leite; deixe ferver um pouco e vire os flocos para que cozinhe dos dois lados.
Cozidas, retire-as com escumadeira e coloque uma a uma em uma vasilha funda.
Depois de cocar todas as neves retire o leite do fogo, deixe esfriar um pouco e junte as gemas batidas, com açúcar ao gosto, misturando tudo muito bem.
Torne então a levar ao fogo, mexendo sempre até engrossar. Despeje o creme obtido,
sobre os flocos de neve.
Opção:  colocar essência de baunilha ao creme ou raspa de limão sobre o doce.




quarta-feira, 13 de maio de 2015

CUZIDO A MODA DA CASA







Com esse friozinho, que tal um cozido a moda parnanguara?

COZIDO A MODA PARNANGUARA 

Coloque numa panela grande pedaços de carne temperada com sal, cebola, alho picados.

Pimenta ao gosto e um pouco de azeite. deixe cozinhar para formar o caldo. Complete
a panela com água e deixe ferver. Coloque os legumes na seguinte ordem: folhas de repolho, folhas de couve, pedaços de cebola, pedaços de abóbora, pedaços de banana da terra. Cuide para que eles cozinhem bem.

Tire da panela e coloque na terrina. Com o caldo faça o pirão.

O pirão deve ser  feito com farinha de mandioca, branquinha. Deixe esfriar o caldo e misture a farinha. Voltando ao fogo mecha sem parar até engrossar.

Sirva junto aos legumes. 

nota: não deixe esfriar o cozido é gostoso bem quentinho.

Esse era o cozido servido no CASARÃO, feito em fogão a lenha.

Podemos dizer que todo parnanguara adora comer uma boa farinha com feijão preto. caldo de peixe, molho de carne e  outros quitutes. Daí toda refeição ter uma farinheira na mesa. 

Até hoje mesmo não morando mais no Paraná não deixo de ter em casa farinha da terrinha.   

Nota: parnanguara palavra de origem nativa significa habitante de Paranaguá.

domingo, 10 de maio de 2015

SABORES DO CASARÃO - Daisy G. Nery

















SABORES DO CASARÃO


Sabores do Casarão, é o registro da memoria culinária encontrada nos cadernos de receita de minha avó Tide, escritos com letras desenhadas por antiga caneta  de pena, nas paginas amareladas pelo tempo.

Ao registrar a memória culinária do casarão, relembro e sinto ainda o sabor da infância,  as delicias feitas por Maria e por minha avó. Verdadeira poetisa da culinária do dia-a-día. 

A comida feita no fogão a lenha, era fruto  da herança da culinária caiçara com a herdada de geração em geração, e transmitida através dos antigos cadernos de receitas.




CARDÁPIO DO DIA  - BARREADO


Barreado prato típico de Paranaguá, que se saboreia por ocasião do carnaval.


HISTÓRICO
 

O Barreado, prato típico paranaense, tem sua origem nos sítios dos pescadores do litoral, sabendo-se que em Paranaguá é preparado há mais ou menos três séculos. Por ocasião do Carnaval.

Motivo pelo qual escolhi para iniciar esse blog, cujo rascunho foi feito no carnaval de 2015. Infelizmente só hoje plotado.

O nome do prato originou-se da expressão “barrear” a panela com um pirão de cinza ou farinha de mandioca para vedar o vapor em seu interior.
Compõe o prato: carne, toucinho e temperos, sendo um dos mais saborosos da cozinha parnanguara.
Contavam os antigos que os primeiros filhos de índias com portugueses (mamelucos e depois caboclos), quando vinham a Vila trazer os produtos da lavoura de seus patrões, aí ficavam para almoçar, comendo na cozinha; ao provar o "guisado" comum feito em casa, gostaram tanto que resolveram preparar esse prato no sítio em que viviam; de acordo com suas posses. Compravam então a carne de peito (a mais barata) e cozinhavam com toucinho e todos os temperos que conheciam; isso por várias horas, a fim de amolecer bem a carne. Porém, como o cozido secava depressa, devido o vapor que saia, tampava a panela e passaram uma massa feita de farinha de mandioca com água ao redor, para não mais escapar o vapor.

Todavia, só faziam esse cozido pelo Carnaval, porquanto, durante o ano comiam apenas peixe com farinha, como faziam seus antepassados. É que, nessa época, a carne de gado era muito cara para eles.

Como gostavam de dançar o "fandango" nos quatro dias de Carnaval, preparavam o tal “guisado” para comer durante essas quatro noites, tomando sempre a sua “caninha”.


Esse hábito tornou-se tradicional através dos anos. Por fim, veio para a VILA, mas com o nome de "barreado"; assim chamado porque barravam a panela de barro com a tal massa de farinha com água fria.

A "receita" do "barreado" logo se espalhou por toda a VILA e aos demais vilarejos do litoral. 

REGISTRO DA MINHA AVÓ

E como boa parnanguara, minha avó registrou no se caderno de receita assim:

BARREADO

Tempero já pronto, corta os pedaços de carne e pedaços de toucinho, uma colher de cominho, pimenta que deixa mais gostoso. Fecha a panela de ferro e deixa cozinhar. Quando a panela apitar está pronto.

Só se comia no Carnaval e servia com arroz branco e farinha de mandioca.  

Nota: O sabor era o mesmo do original.

Eu continuo a tradição e todos os anos repito o ritual e faço um bom barreado, mas a panela de ferro não existe mais.

RECEITA ORIGINAL

Ingredientes (Para 15 pessoas)
5 kg de lombo agulha, limpo de gordura e cortados em quadrados de cubos de aproximadamente 3x3 cm;
½ kg de toucinho defumado picados em pedaços bem pequenos;
3 cebolas grandes picadas;
3 dentes de alho amassados;
1 colher de sopa rasa de cominho em pó;
1 colher de chá de pimenta do reino;
sal a gosto

Modo de preparo

Colocar a carne em uma vasilha grande, depois  o restante dos ingredientes sobre ela. Misturar bem todos os ingredientes e deixar descansar por mais de 2 horas. Após colocar tudo dentro de uma panela de barro de 15 litros. Em seguida colocar água suficiente para cobrir a carne e tampar a panela de barro.


Como fechar a panela

Prepara-se com água fria e farinha de mandioca natural (do litoral do Paraná), uma massa com consistência que não seja nem dura nem mole, que se possa modelar.


Com a tampa já na panela, tapa-se toda a beirada da tampa por onde o vapor d’água sai.

Como cozinhar

Cozinhar em fogo lento aproximadamente durante 12h, de preferência na véspera ou um dia antes, podendo ser esquentado na hora de servir.


Como servir

Coloca-se 2 ou mais colheres de farinha de mandioca no prato, e com uma concha retira-se da panela um pouco do caldo fervente e mistura-se com a farinha fazendo um pirão escaldado. Que acompanha a carne desfiada.


Acompanhamento 
Banana da terra, laranja e arroz e cachaça pura, caso aprecie. (receita tradicional).





CARDÁPIO DA PAIXÃO

BACALHAU A VÓ TIDE (assim é que denominei)

Como costume na 6ª feira santa minha avó servia um gostoso bacalhau cozido regrado com um molho de cebolas  servido numa moleira antiga de louça.

Como ela descrevia.

Numa caçarola colocar: o bacalhau (que já tinha ficado de molho na véspera) batatas cortadas, cebolas, couve picada e azeitonas e azeite para bainhar. Antes de servir colocamos ovos cozidos cortados em rodelas.

Aparte ferver as cebolas cortadas e adicionar ao azeite. Esse molho acebolado regrava o bacalhau. 

RECEITA

Põe-se, ao fogo uma caçarola com água fria, o bacalhau, depois de a fermentado o bacalhau e tirada as espinhas. Corta-se o bacalhau e refoga-se, em fogo brando. Coloca-se o azeite extra virgem, as batatas cortadas, as cebolas em fatias, as azeitonas verdes e a couve em pedaços. Antes de servir colocam-se as rodelas de ovos cosidos.